Sobre textos e pensamentos religiosos

Caros leitores e seguidores do meu blog,

Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Do sonho ao pensamento


Variando do sonho ao pensamento, penso...
Que ter medo dos pensamentos alheios, do sentido que damos a coisas que ocorrem, faz doer, mas faz doer mais aquilo que não dizem e que podemos ler no fundo dos olhos.
Ter medo das lágrimas de agora, por quê?
Porque expõe sua fragilidade.
Por que derramá-las com medo?
Porque perguntas a si mesmo: que será de mim, ainda assim, como que rude de rudimentar que sou? Onde estão os frutos plantados por mim?
Vem o medo de perder tempo demais e se abandonar sem pena.
Que mais temer ainda?
Aquilo que entra e aquilo que sai da sua casa-coração. Seus bons e maus sentimentos; medo de ser enganado por tudo aquilo que fizeste questão de acreditar para não se sentir sozinho; medo dos próprios sonhos não serem reais e não te levarem a nada; medo de confessar...
Confessar o medo de desacreditar de tudo.


2007

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Lembrança virtual


Lembrança virtual



Eu sou de onde eu não sei... Bahia, talvez.
Importa apresentar-me por uma foto?
Para que contar anos de vida se já faz algum tempo estou aqui?
Como você acha que sou? Como achar você?
Estou sempre aqui, mas você nunca está... perto de mim.
Fale-me de você agora, pois já falei muito de mim.
Falei da minha surpresa ao te ver entrando em minha vida, se apossando do espaço que era teu mesmo, porque estava reservado...
o destino reservou e eu aprovei inconscientemente.
Para você é importante que eu me descreva?
Para você lembrar... quem sabe um dia!
Me diz, o que faz das horas vagas?
Eu às vezes divago...
E o que faço é me intrometer a lembrar de você...
Eu estudo também.
Estudo maneiras de estar perto!
Mas eu moro aqui, em algum lugar do nada onde o vento faz a curva. Onde o tempo não passa, ou passa depressa. Já ouviu falar?
Me diz o que lhe toca e o que lhe faz sentido? Diz para que eu possa lembrar.
E de mim? O que exatamente lhe interessa saber? Imagino que não seja a cor dos meus olhos...
Eu? Não sou nada demais, e os meus olhos persistem muito mais em enxergar bem a vida.
E sobre mim? O que sabe além de uma mera superfície?
Não sabe nada e nada te lembra a mim.
E sobre você? O que sei?
Só sei que ter você no pensamento faz parte.
Andei lendo seu perfil e ainda não sei quem você é ao certo.
Alguns precisam de foto... eu não! Pois de figuras inanimadas nenhum gesto posso esperar, e nem posso olhar nos olhos.
Onde você está agora?
Onde estou quase ninguém conhece... por isso esse silêncio!
Tem horas que é preciso o silêncio, e se fazer conhecer por muitos pode trazer o inconveniente dos burburinhos.
Diz algum lugar para te encontrar! O problema é que não conheço nada aqui neste mundo cheio de sinais e fendas, notícias, receios, esperanças de felicidade, erros e acertos, sonhos...
É você quem vai apresentar-me o mundo a seu modo. Depois de me apresentá-lo, te faço saber meu prisma, pois o mundo tem a forma e o significado que damos a ele. Eu moro nele, mas sou como turista.
Eu só falando sobre mim...
e sobre você? Não vai dizer nada?
Acho que nada...
só escuto o teu silêncio.
De mim você não sabe os etceteras e tal, mas sabe agora que lhe dediquei um tempo.
Mesmo assim, me fala com teu olhar tudo o que você puder dizer!
Não pretendo saber através de terceiros uma interpretação qualquer do seu olhar. Para mim é preciso a emoção da cumplicidade, do saber sem violar, sem me intrometer e antever as coisas que não são concretas nem precisas. Não quero suposições... Preciso da realidade para crer.
Mas agora preciso ir...
Foi um prazer idealizar o que poderia ser!


14/11/05

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Viver mais fácil


Viver mais fácil


Facilmente as coisas fáceis podem se perder. Infelizmente, nem todas as mentes pensam em se amarem sem restrições, pois, quem sabe a maioria acredita que é preciso incrementar as vivências com o processo das dificuldades de gostar.
Já não há como represar as enxurradas de preocupações com bobagens, como títulos e modismos.
Existem mais egoístas que antes, existem mais perigos que antes, mais artificialidade que antes e menos contato com a verdade daquilo que se sente.
Há um grupo perfeito no mundo que tem uma missão: disseminar o preconceito.
Já não vejo mais a naturalidade nos gestos, muito menos no olhar, pois o que se percebe são leis invertidas que norteiam o mundo, e os problemas psicológicos se transformam em coisas do outro mundo.
Mentes livres pensam a liberdade sem conflito.
Sou apenas um componente estranho no meio de tantos outros componentes perdidos. Eu estranho, outros perdidos.


2008

domingo, 27 de janeiro de 2008

Juntos redimidos


Juntos redimidos


Que sabes da vida, senão que é ou eterna ou curta?
Quem deseja saber ou mesmo ser semente que há pouco germinou?
O que sabemos, se pouco inquirimos sobre nós?
Sabemos ridiculamente ser limitados sem limite à procura do sentido que estas palavras encerram.
Quem nos dera ter tido cadeira cativa nos corações que erraram detidos
para sermos juntos redimidos!
Que pretendemos?
Perguntadores nós somos e indagamos insone até que o dia amanheça, com ou sem esperança do ecoar de uma resposta que nos diga se sabemos ou não quem somos a cada manhã que Deus nos presenteia; se já contabilizamos ou não o que temos e o que queremos ter; se já percebemos ou não que frágeis somos, frágeis fomos, frágeis seremos enquanto durar a nossa eternidade.


1995

sábado, 26 de janeiro de 2008

Verdades e mentiras

Verdades e mentiras


O que vivemos, senão verdades ou mentiras? Quem sabe te encontres aqui, a partilhar, mesmo que sem querer, vivências análogas às minhas? Quem sabe o(a) lerei um dia, num desses sensíveis sentidos que possivelmente me presentearás! Quem sabe me permitirás o deleite de tua companhia, no meio da correria do teu dia-a-dia! Aqui estou para partilhar, para contemplar sobretudo, invólucros de conteúdos no mínimo secretos, daqueles do tipo que admite o mínimo de uma entrega. Busco a essência de figuras humanas verdadeiras. E diria mais ainda, se pudesse, entre beijos dignos de preciosidades humanas.


25/01/2008


sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sensíveis sentidos

Os meus olhos, vendo, sem preço, para não ver o que não entendo.
Mas quando quero tudo às claras cristalinas, insisto em saber o por que do que não entendo. Do contrário, quase já não sei se me interpreto certo, tal qual o olhar para o que desperto, sem jeito, pois desperto às vezes o sossego de um porto seguro que nem sempre sou.
Preciso ser o que interpreto ou o que desperto?
Se nada entendo, sou então deserto...
Se olhar de perto esse deserto, ele me inspira a interpretar o que digo aos outros, às vezes transformando-os em desertos, dignos do meu remorso.
Porque palavras também ferem, e firo sem doer as palavras, pois foram feitas para serem ditas.
Sem querer, firo a ferida de quem em mim acredita, porém não me aceita, por isso o deserto de sua própria solidão.

A vida é quase toda poesia

Nada melhor do que o tempo para lhe mostrar se os seus sonhos são verdadeiros ou não.