Sejam bem-vindos ao Sensíveis sentidos! Escrevo porque não posso dar um passo em direção ao vazio; porque o pensamento e o sentimento lançam a minha alma em toda a verdade daquilo que sinto; porque penso na profundidade da vida e preciso de mais tempo para alcançá-la; porque sei que escrevo o que sustenho, o que dentro de mim guardo depois compartilho ou vivo sem saber.
Sobre textos e pensamentos religiosos
Caros leitores e seguidores do meu blog,
Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.
sábado, 27 de março de 2010
Somos jóias
terça-feira, 23 de março de 2010
A beleza
Ela é o seu olhar atento
Seu direito de fitar por dentro
É quase veneno...
A beleza tem um nome estranho
E é relativa também.
Um relativo que se vê por todos os ângulos
Retratada por todos os lados
De diferentes maneiras pelo humano.
Beleza é aquilo que você se apega,
Se entrega orgulhoso, inteiro, aos poucos,
Venoso, tremendo...
Eis o seu veneno macio!
É mágica que cega e que elege um padrão à força...
Se contradiz, se arrisca a ser inescrupulosamente inatingível
Porque pensa que o seu poder não é efêmero.
Eis o seu veneno!
Que rouba o direito de ler nas entrelinhas
A sua essência verdadeira, e se sufoca,
Pernoita em altares altivos,
Clama por brilhos que somente lhe seriam dados
Se a sua sorte fosse dobrada...
Sorte de aparentar e efetivamente ser beleza.
Paira beleza no que vês,
Paira maior beleza no que sentes.
Beleza... palavra estranha, de olhar atento a holofotes que vigiam dentro, sem achar veneno,
Velando o velador do sono da certeza de ser simplesmente
Beleza.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Permitimos
Permitimos-nos tentar encontrar uma fórmula eficaz para o esquecimento do lado intruso, rude e estúpido que fere e que dói, mas não para sempre.
Permitimos-nos lembrar também porque temos memória...
porque deixamos acontecer.
Temos cansaço... nos permitimos!
Adormecemos às vezes à tarde, como nunca de costume ou por costume. Acordamos sem saber onde estamos. Levantamos às vezes catando ficha, rosto amassado, fantasmagórico.
Permitimos-nos recordar, entristecer e chorar depois, aparecendo sem querer para nós mesmos, com olhos vermelhos e nariz de palhaço, nos sentindo inseguros como crianças que abandonaram numa praça.
Descobrimos que o que entristece e fere deve sumir. Ou estaremos ligados a isso por um tênue elo de dor.
Mudamos de assunto, porque permitimos isso ainda...
Criamos algumas coisas para mexer com o íntimo das pessoas, não sabemos se conseguiremos, mas nos permitimos fazê-lo.
Expomos-nos, combinamos palavras com palavras, nos divertimos.
Rimos de nós mesmos, nos fortalecemos quando conseguimos chegar a algum lugar nas nossas viagens ao mundo das letras, passando nossa mensagem de forma atual, simples. Talvez aceitem os que querem algo sem moldes criteriosos do que já foi visto, e nos satisfazemos enfim, com a possibilidade de expressão do que sentimos, e pensamos talvez, que esta é nossa recompensa.
Permitimos-nos também admitir que somos frágeis e que um sopro pode nos levar para lugares distantes, sem saber ao certo onde estamos ou o que fazemos, pois não saber o que fazer é completamente humano.
Observemos umas cores às vezes cinzentas da vida!
Percebamos que podem se transformar.
Alguém marcante nos abraça o coração e deixa nele um sentido para amar, porque permitimos.
Mas o melhor é não desesperar por um encanto imprevisível-irresistível, porém se permitir ser inteiro.
2005