Divagando em algum momento, viajando pelo tempo, me pergunto de repente: por quê?
Eu desejo viver, encontrar a explicação, que deve existir em algum lugar, do sentido que dou em procurar algo distante, tão distante, docemente distante, lindamente distante, carismaticamente distante! Tão inocente!
Inocente porque não sabe que procuro, e me encontro tecendo argumentos para tentar explicar, depois me perguntando até a exaustão: por quê?
Sempre perguntando as mesmas coisas além do enfadonho por quê.
E já vem o mar sobre mim!
Por que interessa-nos vidas e como são conduzidas?
Por que querer bem do nada?
Não me fizeram nada! Nem mal nem bem...
Mas me fizeram bem!
Alguém me fez sorrir esquecendo por um instante dos dissabores da vida.
Mas e se tivesse me feito mal?
Há quem se apegue, se iluda e faça desse alguém que faz mal, um ser insubstituível. São “amarras neutrais”, que anulam e neutralizam perante a indefinição da consciência de nós mesmos e do nosso valor enquanto envoltório humano de sensações e sentimentos.
Mas por que me agrada tanto ver um viso em movimento ou incansavelmente eternizado em flashs transformados em imagem corpórea, imóvel no tempo, ocupando-me o sentido da visão?
Por que me agrada tanto ouvir o que se tem a dizer no formato de rica melodia gutural ou no formato traçado, desenhado, esculpido ou moldado sobre tal vida?
Que estranho elo – embora imaginário – criado pela mente!
Por que existe?
10/2005
Eu desejo viver, encontrar a explicação, que deve existir em algum lugar, do sentido que dou em procurar algo distante, tão distante, docemente distante, lindamente distante, carismaticamente distante! Tão inocente!
Inocente porque não sabe que procuro, e me encontro tecendo argumentos para tentar explicar, depois me perguntando até a exaustão: por quê?
Sempre perguntando as mesmas coisas além do enfadonho por quê.
E já vem o mar sobre mim!
Por que interessa-nos vidas e como são conduzidas?
Por que querer bem do nada?
Não me fizeram nada! Nem mal nem bem...
Mas me fizeram bem!
Alguém me fez sorrir esquecendo por um instante dos dissabores da vida.
Mas e se tivesse me feito mal?
Há quem se apegue, se iluda e faça desse alguém que faz mal, um ser insubstituível. São “amarras neutrais”, que anulam e neutralizam perante a indefinição da consciência de nós mesmos e do nosso valor enquanto envoltório humano de sensações e sentimentos.
Mas por que me agrada tanto ver um viso em movimento ou incansavelmente eternizado em flashs transformados em imagem corpórea, imóvel no tempo, ocupando-me o sentido da visão?
Por que me agrada tanto ouvir o que se tem a dizer no formato de rica melodia gutural ou no formato traçado, desenhado, esculpido ou moldado sobre tal vida?
Que estranho elo – embora imaginário – criado pela mente!
Por que existe?
10/2005
Um comentário:
O milagre
Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia e do lábio do amigo brotam palavras de eterno encanto. Dias mágicos em que os burgueses espiam, através das vidraças dos escritórios, a graça gratuita das nuvens.
Mário Quintana
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