Ela é o seu olhar atento
Seu direito de fitar por dentro
É quase veneno...
A beleza tem um nome estranho
E é relativa também.
Um relativo que se vê por todos os ângulos
Retratada por todos os lados
De diferentes maneiras pelo humano.
Beleza é aquilo que você se apega,
Se entrega orgulhoso, inteiro, aos poucos,
Venoso, tremendo...
Eis o seu veneno macio!
É mágica que cega e que elege um padrão à força...
Se contradiz, se arrisca a ser inescrupulosamente inatingível
Porque pensa que o seu poder não é efêmero.
Eis o seu veneno!
Que rouba o direito de ler nas entrelinhas
A sua essência verdadeira, e se sufoca,
Pernoita em altares altivos,
Clama por brilhos que somente lhe seriam dados
Se a sua sorte fosse dobrada...
Sorte de aparentar e efetivamente ser beleza.
Paira beleza no que vês,
Paira maior beleza no que sentes.
Beleza... palavra estranha, de olhar atento a holofotes que vigiam dentro, sem achar veneno,
Velando o velador do sono da certeza de ser simplesmente
Beleza.
Um comentário:
"O bonito me encanta. Mas o sincero... Ah! Esse me fascina."
Clarice Lispector
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