O amor, sublime impulso
de Deus, é a energia que move os mundos: tudo cria, tudo transforma, tudo
eleva. Palpita em todas as criaturas. Alimenta todas as ações.
O ódio é o amor que se
envenena. A paixão é o amor que se incendeia. O egoísmo é o amor que se concentra
em si mesmo. O ciúme é o amor que se dilacera. A revolta é o amor que se
transvia. O orgulho é o amor que enlouquece. A discórdia é o amor que divide. A
vaidade é o amor que ilude. A avareza é o amor que se encarcera. O vício é o amor
que se embrutece. A crueldade é o amor que tiraniza. O fanatismo é o amor que
petrifica. A fraternidade é o amor que se expande. A bondade é o amor que se
desenvolve. O carinho é o amor que se enflora. A dedicação é o amor que se
estende. O trabalho digno é o amor que aprimora. A experiência é o amor que
amadurece. A renúncia é o amor que se ilumina. O sacrifício é o amor que se
santifica.
O amor é o clima do universo.
É a religião da vida, a base do estímulo e a força da criação. Ao seu influxo,
as vidas se agrupam, sublimando-se para a imortalidade. Nesse ou naquele
recanto isolado, quando se lhe retire a influência, reina sempre o caos. Com
ele, tudo se aclara. Longe dele, a sombra se coagula e prevalece.
Em suma, o bem é o amor
que se desdobra, em busca da perfeição no infinito, segundo os propósitos divinos;
e o mal é, simplesmente, o amor fora da lei.
Francisco Cândido Xavier
Um comentário:
“Simplifique seu cristianismo. AME!”
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