Vinha eu, apagar da memória um soluço; vinha eu, conhecer este absurdo,
este grito exposto, este gesto rouco de garganta que se encanta com a voz, o paladar.
Vinha eu, sobre as vinhas, desenhar a saudade da viúva, dirigir pelas suas curvas sinuosas insinuar que vinha eu apagar o meu fogo, justificar o meu logro, apagar tuas dúvidas.
Vinha eu, sem memória, chorar no teu ombro; vinha eu, absurdamente, conhecer teu exposto problema, seu gesto que me prenda.
Vinha eu, matinalmente, acordar seu grito de juventude, de crença, de atitude.
Vinha eu, colocar desordem na ordem de dizer que todos chorem, porque existe um sentimento.
Vinha eu, pelas ruas desertas e turvas, recolher as minhas uvas, minhas doces frutas, minhas frases futuras e crer que eu vinha a cada dia plantar minha vida em minha esperança de ser a vinha-videira análoga à tua vida.
1995
este grito exposto, este gesto rouco de garganta que se encanta com a voz, o paladar.
Vinha eu, sobre as vinhas, desenhar a saudade da viúva, dirigir pelas suas curvas sinuosas insinuar que vinha eu apagar o meu fogo, justificar o meu logro, apagar tuas dúvidas.
Vinha eu, sem memória, chorar no teu ombro; vinha eu, absurdamente, conhecer teu exposto problema, seu gesto que me prenda.
Vinha eu, matinalmente, acordar seu grito de juventude, de crença, de atitude.
Vinha eu, colocar desordem na ordem de dizer que todos chorem, porque existe um sentimento.
Vinha eu, pelas ruas desertas e turvas, recolher as minhas uvas, minhas doces frutas, minhas frases futuras e crer que eu vinha a cada dia plantar minha vida em minha esperança de ser a vinha-videira análoga à tua vida.
1995
Um comentário:
“O verdadeiro amor não é aquele que se alimenta de carinho e beijos, mas sim aquele que suporta a renúncia e consegue viver na saudade.”
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