Sobre textos e pensamentos religiosos

Caros leitores e seguidores do meu blog,

Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Até chegar à Graça de Deus

Este é o meu testemunho até chegar à Graça de Deus:

Acredito que nasci pra ser de Deus. Por que eu digo isto? Porque desde minha infância já desejava encontrar Deus, só não sabia onde nem como. Eu olhava pro céu e perguntava: onde está Deus?

Meus pais me levavam pra igreja Assembléia de Deus. Eu era bem guria e lembro que não gostava de ir à igreja porque sempre voltava com uma dor de cabeça! É que o pastor não falava... ele gritava ao microfone! Isto é apenas uma recordação.

Eu cantava no grupo ‘Louvor que liberta’ quando eu era adolescente. Participava vez em quando de retiros com o grupo, ia pra congressos, pra todos era uma festa, uma alegria porque pastor fulano ia pregar! Um acontecimento, porque pastor beltrano de não sei onde é do poder e vai estar onde não sei. Pois é... só que eu sempre me sentia como um peixe fora d’água! Era estranho. Eu queria me identificar, queria me encontrar e sempre tinha a sensação de que tava faltando alguma coisa, mas eu ainda não sabia o que era. Acho que me sentia sem estímulo, sem ânimo e não entendia o que eu tava mesmo fazendo lá, já que me sentia coisa alguma. Eu não fui batizada lá. Eu não consegui!

Ainda adolescente, com meus dezessete anos, fui visitar uma igreja batista ‘Igreja Batista da Independência - IBI’ e lá eu resolvi ficar porque... falando a verdade, eu fui atraída pensando em vaidade, adereços que na outra igreja eu não podia usar. Furei a orelha, passei a usar calças – que sempre gostei – enfim, ficava bem mais à vontade.

Eu já fui pra lá meio sem esperança... mas no fundo, no fundo eu sentia que minha alma não estava satisfeita. Já na outra igreja eu nem tinha me dado conta de que eu tinha alma!

Eu chorava, chorava, entrava vazia e saia murcha. Chorava, não porque eu estava sentindo Deus. Era apenas uma emoção momentânea oriunda da influência exercida pela emoção dos outros ao redor, tristeza por não sentir nada e medo de nunca encontrar Deus.

Eu continuava me perguntando se algum dia eu iria encontrar Deus porque eu ainda não havia me identificado em lugar nenhum, nem sentido a presença de Deus. Parece absurdo? Em minha opinião também acho! Mas esta é a pura verdade.

Eu nunca conseguia ficar firme. Era crente ‘pé na igreja, pé no mundo’. Até que fiquei mais pé no mundo e depois mundo de vez. Abandonei geral. Mas meu coração não estava no mundo enganador. Meu coração já era de Deus e eu não sabia! Porque eu também não me identifiquei participando das coisas mundanas. Igualmente me sentia como um peixe fora d’água!

Quando eu ia pra festas eu pensava assim: ‘o que é que eu tô fazendo aqui?’ Eu já tinha o temor de Deus em mim. A minha consciência falava pra mim que eu estava entrando no canal errado, que não era pra insistir. Mas eu não sabia o que fazer. Não sabia como buscar Deus, não sabia a quem recorrer. Só chorava e me perguntava a mesma coisa de sempre: onde está Deus?

Não congregava mais, não tinha igreja certa. Fiquei visitando esta e aquela. A mensagem não me dizia nada. Os louvores também não. Nada. Deserto. Sequidão. Vazio. Era como se eu fosse surda. Só sabia chorar.

Me enrolei pelo mundo à fora, triste da vida. Me afastei da família, de amigos, de tudo. Ferida, abria feridas nos outros. Coloquei pra fora toda raiva, toda agressividade que eu tinha dentro de mim (desde criança possuía uma agressividade e raiva que eu sempre que possível procurava reprimir). Vivia chateada comigo porque não me encaixava em nada. Eu parecia uma peça de um quebra-cabeça tentando compor uma figura completamente diferente dele. Pense no desespero da menina!

Aconteciam movimentos de oração lá em casa e eu não queria saber mais de nada. Estava envolvida com pessoas que eram má influência para mim. Que me faziam repelir tais movimentos e fugir deles. E assim eu fiz. Chegava do trabalho, via o movimento lá na sala e voltava pra rua, fugia, me irava com aquilo. Despedacei uma fita (na época eram fitas K-7) com minhas próprias mãos porque lá em casa colocavam aqueles louvores e eu me irritava. Recebia convites de minha irmã pra congregar e nunca aceitava.

Já sem esperança, no fundo do poço, me sentindo falida, machucada, amargurada, sozinha, enferma na alma, brilhou a luz da esperança pra mim. Brilhou Jesus Cristo em minha vida. Aos vinte e sete anos de idade Deus se lembrou de mim... enviou uma serva Sua, minha própria irmã, a mesma que sempre me convidava e eu nunca aceitava congregar com ela.

Daquela vez ficou tudo diferente. De sua boca saíam palavras de vida eterna. Falava de mistérios, do futuro que me aguardava, da proteção de Deus que me livrou da morte tantas veze e eu nem tomei conhecimento. Me sentia atraída por aquelas palavras, queria mais dela.

Sua serva me levou à igreja que ela freqüentava. Deus me chamou de filha, de linda aos Seus olhos, de menina dos Seus olhos. Me resgatou, me fez promessas, me tirou do lamaçal do pecado, limpou a ‘eira’, limpou minhas vestes, fez concerto comigo. Me trouxe salvação. Quando entrei naquela igreja eu me senti muito à vontade. Pensei assim: este é o meu lugar! O lugar que eu sonhava encontrar, estar, e não sabia que existia. Eu senti Deus! O Seu chamado parecia ecoar dentro de mim assim: ‘Vem! Vem!’

Hoje me sinto feliz. Tenho aprendido tanto! Tenho mais vida em mim. Quando me comparo com o que eu era, fico admirada! E só me dá vontade de ser melhor. Ainda tá longe de ser o meu melhor! Vai ficar bom mesmo quando eu chegar à estatura de ‘varoa perfeita’... aí sim! Estarei pronta pra entrar no céu... meu maior objetivo e o maior sonho da minha vida.

Liliana Neves

2 comentários:

Liliana Seven disse...

“Quando entregamos tudo que somos para Deus, Ele completa em nós tudo aquilo que nos falta.”

Liliana Seven disse...

“Decida mover-se somente pela voz do Espírito.”