Sobre textos e pensamentos religiosos

Caros leitores e seguidores do meu blog,

Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Saber quem é

Saber quem és...
Você saber quem é, é fazer parte de uma minoria, enquanto a maioria faz apenas conjecturas sobre si mesmo.
Um dia você vai olhar para trás e vai perceber que se descrever como quem se conhece, não é comum.
É difícil captar o essencial de si mesmo.
Vivemos a vida aprendendo, tentando...
Temos uma vida inteira pela frente e precisamos de algumas pessoas para nos ajudarem a nos sentir.
Vivemos procurando evoluir a cada tropeço, a cada queda, a cada decepção, a cada novidade.
Tem momentos que sou menos madura que uma criança, e outros momentos, querendo ser mais...
E você?
Não me diga que me permitiu te revelar como se revela uma fotografia!
Não diga que agora sei de você mais do que sei sobre quanlquer outra pessoa, porque ainda nem olhei no fundo dos seus olhos!
Ainda não convivi com você nem sei das suas artes e manhas, ainda não discutimos prós e contras.
Os olhos podem disfarçar e mostrar o que queremos dar a entender, ou o que os outros querem ver, mas sei que sou capaz de te perceber e te dizer do que discordo:
que o amor que não é cego, não é amor. Porque amor pra mim é sobretudo consciência. Ser consciente de que ama alguém por tudo o que ela é, e tudo mais.
Eu diria que amor que é cego não é amor...
é deficiência!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Escape


O escape é para todos.
O alívio é para todos.
O senso, o grito e o silêncio.
A dor também.
Para sobreviver no meio do caos alguém canta.
Para sobreviver no meio do caos alguém dança.
Para sobreviver no meio do caos, desenham-se formas ou escreve-se.
Estes são escapes, alívio que diverte, é o senso e o grito, o silêncio que se silencia, e dor também.

01/11/06

quarta-feira, 26 de março de 2008

Carpe diem!


Carpe diem...
Se não entendeu, eu explico e repito: aproveite o dia... de hoje, de preferência. Não se esqueça de que o sol sempre nasce no leste e se põe no oeste. E que se você escreve a quem for, e você se empolga ou esquece de um detalhe, acrescente num post script (p.s.). Se ainda assim você esqueceu de mais algum detalhe, use um post, post script (p.p.s.). Quem lhe condenará por isso? Você não é surrealista, mas se for, você é daqueles que vai além do realismo. E os pés? Estão ou não no chão? Sem crise! Sem trauma! Mas por que falar em trauma agora? É que a palavra trauma é grega e significa ferida. As feridas não são legais. São medievais. E o que dizer da expressão que usam por aí? “medieval” Usam-na em sentido pejorativo para referir-se a tudo que se parece demasiado rígido e autoritário. Sabia? Eu não! É diferente de ser “fatalista”, que é acreditar que tudo o que vai acontecer já estava determinado previamente. Também não sabia!

terça-feira, 25 de março de 2008

A favor...



...do tempo.
É nele onde estamos
e nele nós deitamos tantas vezes, tantas noites ou dias.
O que mais lhe atemoriza além das horas que passam?
Porque lhe trazem outros rostos de rugas, outras curvas sinuosas ou quebradas.
Não vês o que sentes?
Deixe a cegueira para os dementes.
Não vês que o tempo passa e que queremos demais, pensamos em tudo demais?
Até no que pensado já está.
Não vês que agora é dia e que daqui a horas será noite?
Não vês que está tudo claro demais e que poderá tornar-se escuro demais?
Há quem me escute?
Ah, se me escutassem sobre o tempo!
Pois tudo está e será a seu tempo.

1995

sábado, 22 de março de 2008

Tão iguais


Há anos escrevi pensando que o que eu escrevia era novidade, notícia em primeira mão.
Enxerguei que não há novidade no pensamento da humanidade e vi o quanto somos “tão iguais”!
Seja bom ou mau pensamento, é muito igual.
Pensamentos são muito humanidade.
São pensamentos parentes, gerados no local de sempre.
Que pensamento é de quem?

terça-feira, 18 de março de 2008

Arte principal


A arte principal
é ser pela moral,
pelo respeito a si mesmo,
ao semelhante.
A arte principal
é querer ver organizado
o mundo que puseram
em desordem,
resgatar a moral,
recuperar o respeito
que dorme na inconsciência.

1996


segunda-feira, 17 de março de 2008

Essência da felicidade, nosso desejo

Quero multiplicados anos de vida para nós. E que esses multiplicados anos de vida tenham o formato da saúde mental, do amor, da paz interior tão almejada, da harmonia com toda gente, o formato da prosperidade espiritual. Assim, nossos receios e dúvidas serão substituídos pela segurança e certeza.
E a felicidade que nos desejo?
Ela já existe dentro de nós, você sabe!
Existe dentro das pessoas que não sabem ainda como encontrá-la porque a buscam nos lugares mais improváveis...
fora delas.
E deságuam num vazio inexplicável.
Por questões diversas – corre-corre, a vida que não pára – a felicidade permanece despercebida, e não sabemos interpretá-la.
Administrando bem o tempo, as prioridades, a saúde mental, espiritual, certamente a alcançaremos.
Por isso, desejo sincera e conscientemente que nós consigamos administrar bem nosso tempo, junto ou separado, de modo que a percebamos nos recônditos do nosso ser a todo instante, porque felicidade não é como a alegria – momentânea, intermitente. Felicidade não é um estado de espírito – este freqüentemente se modifica. Felicidade é constante!
Não se vive feliz pela metade, feliz por um instante, pois a felicidade é inteira, é uma conquista da nossa consciência através dos nossos valores firmados e nossa aceitação daquilo que nós somos e daquilo que temos.
Que nós a encontremos inteiramente em todo o momento, sem dar espaço para a tristeza – roedora de sonhos e prazeres genuínos.
Tanto os bons como os ruins sentimentos existirão enquanto nós permitirmos.


23/06/2005

sábado, 15 de março de 2008

Ponto de vista


Somos feitos ao natural, do pó da terra.
É humano? Então é terra, é água... frágil como um fio de certeza no amanhã.
Escolhe o fogo, mas não escolhe o ar que respira.
Quando humano, é vida até a exaustão, é luta diária contra o desumano, contra a parte estranha de si mesmo.
Quando concorda, o outro discorda gritando o que acredita.
Quando discorda, está tudo bem! É assim que o mundo eu e você gira.
Depois vem a lágrima um dia.
Por detrás da lágrima, lacrimeja um sorriso que acredita que será manifesto depois, porque o sorriso reage e se fantasia de felicidade.
Ao natural nós somos sal, sol e suor. Somos os “ésses” da rotina das curvas sinuosas do que pretendemos perigosamente.
Quando somos armas, nos defendemos nessa batalha de não aceitar o que facilmente aceitam e assim protegemos o segredo que a alma guarda, que é o fim da batalha consigo mesmo.
Nos protegemos da descrença em tudo para não terminarmos vazios, à mercê dos ventos frios.
Cansados de luta – por hora – vem o sossegado apego de repente, e vira o outro lado da trincheira, mais calmo, mais cômodo, porém ainda recebendo bombardeios de dúvidas entre os antagônicos conceitos: necessário e imprestável.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Valor da gente

Não valemos nada!
Ter consciência disto, ainda que cruamente lembrado por alguém, é importante.
Frágeis, falhos, inseguros, pretensiosos, vaidosos, errantes pelo mundo, completamente e enquanto vivermos, dependentes.
Frágeis não apenas porque choramos pelos sentimentos que estamos sujeitos, mas porque somos simples mortais; falhos não apenas porque às vezes fazemos tudo o que queremos sem regras, mas porque sabemos que existe uma lei e não a cumprimos; inseguros não apenas porque muitos não sabem o que será de suas vidas, mas porque não sabem e nem procuram convenientemente o caminho que leva ao Porto seguro (Jesus Cristo); pretensiosos não apenas porque pensamos que nossas verdades são irrefutáveis, mesmo que seja provado o contrário, mas porque pensamos que já sabemos tudo e temos à nossa vista tudo o que precisamos; vaidosos não apenas porque existe a ilusão de estar seguro naquilo que possuímos, mas porque acreditamos que oferecemos real segurança e que estamos seguros nos braços de outro mortal igual a nós; dependentes porque temos necessidades básicas a serem supridas, além das necessidades que criamos. E na maior parte das vezes não nos damos conta de que sem certas coisas somos capazes de sobreviver.
Precisamos usufruir do que plantam e colhem, dos que instruem, criam, medicam, alegram...
Precisamos da água que banha a alma de virtude e que nos sacia continuamente.
Somos dependentes porque precisamos uns dos outros, precisamos de nós mesmos e por isso precisamos não nos abandonar na estrada da vida.
Não valemos nada quando não somos humildes, reconhecendo que somos necessitados de tudo e ainda somos arrogantes às vezes (arrogante = ego+ignorância); não valemos nada porque nossos corpos ao tombarem nesta terra, se desfarão em doze litros de água.
Não valemos nada porque e quando...
Somos necessitados de curativos de alma, de cuidados particulares desse nosso precioso bem e que nem sempre sentimos sua existência nem seu valor.
Se nos permitirmos ser dispersos, traremos com força o medo de tudo, a loucura da vanglória, o ambicionar o impossível e que resulta em frustração, o sonhar sem os pés no chão, o horror do ódio de um coração ressentido, e todo o tempo do mundo para bobagens.
Conquistaremos assim a aflição de espírito, a desesperança, ilusão e vazio.
Pensemos nas grandes conquistas de valor para reavaliarmos o valor da gente.

13/07/2005

quinta-feira, 13 de março de 2008

Estranheza de um ato

Quando visito o passado, percebo a estranheza do ato. Por isso prefiro o sonho que me diz que o futuro será promissor, porque meus sonhos estão voltados para o futuro e apenas um voltado para o passado. Este último refere-se ao vazio deixado pelo que de mim foi tirado antes de poder usufruir.
Prefiro me ater ao presente, sonhar um futuro sem fendas, armadilhas, desmor ou abismo de insegurança, mesmo que me ausente do mundo físico para fazer a viagem que normalmente parte da mente e é sem destino.
Mas a sorte que me coube foi ter levado uma topada que me levou para frente e de repente me abriu os dentes, porque um dia se aprende a rir das próprias mazelas.
É certo que do mais sério de tudo não se ri, pois não tem graça. Mas tem tantas outras seriedades que enfrentamos e que tem graça! Porque faz aprender que sorrir sempre será o destino dos ingênuos gênios desprendidos de ressentimentos.

2008

quarta-feira, 12 de março de 2008

Toda invisível

Há uma coisa toda invisível!
Essa coisa toda invisível dança ao redor de todo aquele que possui um coração. A coisa toda que pode preencher os espaços vazios convida:
- Vem dançar essa dança das coisas que não vemos! Feche os olhos apenas enquanto danças, pois não há o que ver, mas muito que sentir.
De repente abre-se os olhos depois da dança, e ao despertar, dá-se conta de que não se pode ficar indiferente ao inexplicável apreço que entra em nós por alguém e que sentimos necessitar e merecer ser amado com veracidade.
Por causa dessa coisa toda invisível, temos sensação de já ter conhecido tão doce ser humano, que empresta a sã consciência do sentido que se pode dar ao sentir o que está aqui: o de abraçar essa coisa toda invisível consciente dos limites existentes em todo ser, que é ser humano.
Portanto, subjetivamente lhe chamo alma, pois é o que somos na essência. E por esse conteúdo me afeiçoei, através da coisa toda invisível que se chama sentimento, e que não se explica mediante fórmulas ou coisas tangíveis.
Ainda assim, é importante identificação? Alma ou forma?
Porque não és mero invólucro de sensações desconhecidas...
é possível ler um gesto, algum olhar, o sentido de alçar a voz no impulso oriundo do conteúdo alma, na qual expressamos estados que são como estações de primavera, de inverno...
Então não apenas te vejo como também te sinto.
Sinto poder olhar nos olhos que merecem ser olhados dentro, pois são espelhos do teu ser, em que eu possa ver não uma fisionomia somente...
ver sobretudo a coisa toda invisível.

12/2005

domingo, 9 de março de 2008

Cor de anil


Mesmo tendo visto aquela neblina em seu olhar, só me deixei sentir seu beijo. E fui no pensamento quem delirava febril por sua ausência cor de anil.
Quando for a hora me avisa a hora certa de lhe dizer o que sinto para não lhe parecer que minto.
Eu sei que fui alguém que lhe pedia uma flor de esperança, lhe abria a alma em segredo e respirava o seu desejo.
Eu sei que lhe dei meus sonhos mesclados aos seus para realizar com vida e dar vida às formas que não existiam.
Só não sei se te feri, pois meu egoísmo empedrado não me deixou ver e somente lhe senti presente em mim, ausente no que não vivi.
E não sei mais...
Talvez nem lhe conquistei!
Penso que não voltarás como antes, penso que vou seguir adiante.

1995

sexta-feira, 7 de março de 2008

Repentinamente


De repente uma vontade de estar sozinha por um instante.
De repente no quarto a música.
De repente em mãos uma caneta, um papel.
No pensamento alguém que não precisa fazer muito para agradar.
Então, de repente sentir as palavras com sentido e força.
Não se diz não a elas porque de repente é só escrever, escrever, escrever...
Escrever de repente o que pensa, sentindo não a solidão, se uma presença ocupa o pensamento nessa hora.
De repente ver um cenário bonito que só existe se alguém acreditar nele.
De repente não querer mais medir palavras, racionalizar sentidos, obedecer regras, mecanizar sentimentos. Alguma coisa assim.
De repente viajar, quem sabe até mais que qualquer ser vivente!
De repente ser simples, mas tão simples que não entendem.
De repente ser tanto e querer tanto estar só às vezes, que não entendem nem nos deixam.
De repente ninguém saber o que trazes por dentro.
Poderem supor, ou tentar desvendar se for conveniente, ou talvez nem ousarem desconfiar, ou de repente apenas ninguém saber. Mas o mundo não gira em torno de um umbigo!
De repente mudar de idéia como se trocasse de roupa.
Diariamente modificado por dentro e por fora, porque de repente refletir aflitivamente nos ideais confusos de quem nunca experimentou a vida em sua totalidade, cheia de idas e vindas e mudanças de idéia.
De repente ser um enigma e alguém de repente querer desvendar.
De repente escutando uma voz, sentir algo bom, curiosamente.
A tal voz de repente tem esse poder, mas nem imagina que o tem e diz que queria chegar até alguém e além dos confins onde a dor não existe.
De repente desde o início da vida, aprender a ser só e a desenvolver a própria defesa para os atuais dias de julgamento que se passa.
De repente vencer em parte os espectros que fizeram de nós o que somos, então mostrar o que é, como será.
De repente os maldizentes se calam e te absolves livremente, sem tempestades na mente.
De repente cansas, pensas no amanhã porque já é tarde e precisas de um sono repara-dor.
Há um compromisso com o amanhã em que serás avaliado como todos os dias, por diversos olhares que se perguntam coisas sobre os outros.
Quem dera se inquirissem sobre si mesmos, pois pouco se sabe sobre si mesmo!
De repente jubilar ao descobrir-se nas
coisas que vives.

09/2005

segunda-feira, 3 de março de 2008

A tristeza não nos merece

Não quero tristeza.
Mesmo que ao meu redor os abutres me espreitem para lançar venenos só de olhar, a eles serei imune.
O que justifica tal ato – diria elevado ato – é a docilidade de nosso ser imaterial que se pode cultivar e até regar como tulipas num jardim particular.
São tantas cores vivas do lado bom da vida que o coração até jubila e ofusca o cinza da cor da malícia de um abutre, refém da peçonha silenciosa da própria inveja.
Admiro a volta por cima e o vôo por cima para reconhecimento do terreno terrestre que aqui se pisa, e de lá de cima ver os medos tão inúteis e os mundos estranhos, porque quem escolhe a dádiva de ter o poder de ser, faz de si grande em seu íntimo, e vai além da aparência das suas causas defendidas e além da sua superfície epidérmica e voa e paira e faz reconhecerem seus brilhos mais ímpares.
Alguém escreve uma história para você, se apossando de sua vida sem pedir licença, mas você não arrisca em outras mãos e mentes a direção de suas vivências, transferindo seu direito inviolável de assinar a autoria da obra que você se transformou com todas as ferramentas, sensações e sentidos que conquistou na estrada da vida.
Minhas apologias à alegria sensacional de se saber mais feliz. Enquanto não se sabe ao certo se
a felicidade vem ao nosso encontro ou se seguramente está em nós mesmos, nos abracemos às pequenas, porém especiais alegrias.



2008