Sobre textos e pensamentos religiosos

Caros leitores e seguidores do meu blog,

Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.

sábado, 31 de maio de 2008

Sem asfixia


Não diga que ama sem ter consciência de que ama, porque é como amar espectros de tua imaginação.
Ama-se um sonho ou universo criado pela solidão. Mundo que se inventa como para fuga de si mesmo quando não é aceitável a distância nos sentimentos.
Como dizer que ama se não descobriu?
Ama-se uma fantasia ou página escrita de surpresa, como enredo preparado pelo destino.
Pode-se afirmar que se ama se quiser, mas não seja mais uma vítima do engano, não se divida sendo um lado contido, outro sem sentido, porque amor de aspecto límpido nada exige nem asfixia o que poderia ser.


03/2002

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fugir, jamais!

Não quero fugir do teu abraço ou detestar o meu afeto.
Não evito olhar nos olhos. Ainda arrisco.
Não me retiro do pensamento, pois ainda existe algum encanto.
E num desfecho qualquer, me redescobri ainda que tarde.
Me descobri retirada, em falta, a ser completada.
A falta me roubou de mim mesma em algum lugar no tempo.
E me devolve a mim mesma quando imagino que existe uma vida a mais entre alguma alma e a minha.


11/05

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Minha vida eu não entendo...

Quanto mais meus sentimentos!
Às vezes sou só o que sou: mais uma vida na imensa bola azul.
Pergunto por tudo que tenho chance e nem sempre há resposta. Então...
Minha vida eu não entendo. Quanto mais meus sentimentos!
Porque não voltarei a ser criança para não retornar a um martírio de infância.
Porque às vezes sinto dores invisíveis, e também as que sinto na pele.
Depois eu uso válvulas...
Daquelas, de escape, usadas para fugir da tristeza ou solidão, e coleciono coisas e sentidos sem forma.
Eu entendo a minha vida? Não.
Que dirá meus sentimentos!
Escapa ao meu domínio essa situação fastidiosa porque a confusão é esta: querer o verde, mas gostar do azul. Querer vida e gostar da paz.
Acho que sou um papel e uma caneta!
Talvez uma história que escreveram e deixaram para que fosse escrita
por outra mão.
Quem sabe sou uma pintura de aprendiz, um quadro que pintaram e depois vieram outras pessoas e fizeram “a releitura”. Não sei se ficou melhor ou pior!
Minha vida eu não entendo...
Quanto mais meus... os sentimentos!
Porque sou inconstante demais para ser tudo para alguém.
Ora sou livre dos temores, ora sou como uma faixa de um disco sem música ou música sem notas.
Agora imagine a decepção do som sem notas!
E a cor da vida? E a voz? E a expressão de toda face?
Minha vida não entendo!
Quanto mais a frase do desfecho!
Melhor é pegar um bom cacho de uvas e devorá-lo enquanto relaxo
do enfado do mundo numa rede bem charmosa!



2005

terça-feira, 6 de maio de 2008

Raio


Raio,
um sol
ou luar
não vazio de si mesmo.
Duas vias:
um caminho
e seu atalho
em direção às flores
da essência de um desejo.
Não medo!
Abrigo,
preciso,
acordado em poesia e honra
de tua alegria.
Espírito
profundo,
naturezas no mundo.
Num minuto
mundo enfermo.
Segredo
abstrato.


01/05/2007