Sobre textos e pensamentos religiosos

Caros leitores e seguidores do meu blog,

Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.

terça-feira, 29 de abril de 2008

A ética no pensamento


Podes ser o que quiseres, quem quiseres...

só não é fácil quando se tem a mente livre demais, sem que tudo à sua volta possa lhe acompanhar.

Podes alimentar a fantasia, robustecê-la, fazê-la corar de saúde.

Alguém que vira fantasia é tudo aquilo que se quer, além de todas as impressões e sensações de momento. Alguém que vira fantasia não pode permitir que o fantasiem sem respeito, pelo dever que existe em proteger a quem habita um pensamento.

2006

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Amor

Amor é dom a ser manifestado, é uma nova maneira de ver o mundo, as pessoas.

Amor é para muitos, aquilo que se presume não estar em nós se ainda alguém não o fez surgir.

Há quem diga que ele adormece na expectativa de ser despertado por um encantamento.

Há quem viva de amores e não de amor, pois sem refazer-se de um relacionamento findo, já mergulha em outro levando consigo resquícios do anterior, com possíveis vícios.

Amor que entendo amor, não se constitui de fragmentos, não busca ser apenas razão ou ressentimento, porque é sereno.

Há quem deseje encontrar a sua metade...

Há quem precise entender que se não somos inteiros para fazer parte da vida de outro alguém, não seremos sequer metade... seremos vazio.

Diz-se que um ser completa o outro... mas quem disse que os que se completam são metades?

No máximo somos de tudo um pouco... somos respeito, cumplicidade, paixão, carinho, desejo, entrega, amizade, empatia, sinceridade, candura, emoção, iniciativa, sorrisos e lágrimas, história, companhia... somos o melhor que podemos ser.

Somos um conjunto de sentimentos, e assim somos completos para nos unirmos a um outro ser completo.

Então amor é dom, é nova visão, é brecha para significados diversos, é relacionamento, é o inteiro que divide o “de tudo um pouco” dos sentimentos.

Amor é ainda mais... é a junção entre as entidades corpo-alma-espírito, pois um sem o outro o que é?

E tudo é uma secreta linha de união que preenche, é aliança entre esses mundos interiores que identificam o ser humano como essencialmente amor.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Passou da hora

Já passou da hora de escrever sobre a vontade gigante de quem é inconstante; passou da hora de escrever sobre o avesso de quem não se acostuma com a rotina, o tédio, a dor...
É invenção da vida moderna sentir-se a mais reles das criaturas do mundo inteiro num dia nada bom, e reclamar da vida como adultos infantis, que não sabem lidar com as próprias insatisfações.
Há de surgir uma nova maneira de viver sem se machucar tanto e partiremos em busca de algo novo, mesmo com recursos escassos, pouca imaginação, ou sem saber o caminho, ou sem ter o mapa do tesouro do novo.
Nada se sabe sobre a ordem e a direção, e sabe-se um pouco mais sobre o caos da procura desordenada, comumente perseguida pelas gentes solitárias em meio a tantas outras gentes na mais chocante das solidões.
É a sensação de abandono, como uma pétala de flor esquecida e ressequida dentro do livro da nossa vida que nos comprime tanto. Cada palavra lida, coincidentemente mais erros que acertos de quem imagino que somos: aprendizes de reta direção.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Concede-me apenas


Concede-me, vida!
Celebrar o poder de habitar sofisticadamente as dependências de paredes macias de um amado coração.
Concede-me também regalar-me com a lúcida certeza de que viver vale a pena sempre, seja como for.
Concede-me fazer a leitura da minha história, apesar de não compreendê-la a fundo.
Me permite fazer uma releitura?
Mudar umas cores, umas figuras e palavras ditas e não ditas.
A culpa não é minha totalmente.
São os mistérios inerentes a mim, pois lembro que sou humana e que tenho outro lado que não conheço. Ele é presente, mas nem tão visível.
E transforma-se em tentação descobrir-me em armadilhas que me preparam o momento.



04/2006

terça-feira, 15 de abril de 2008

Outra história

Agora é outra história.
As palavras que antes fluíam, agora me faltam, fogem sem pena do vazio que resta quando não choro, mas escrevo.
Ficou o desejo desmaiado e um choro sem grandes pretensões, a não ser tentar esvair-se.
Agora nem gotas nem lágrimas nem nada.
Sentimento bom.
Nenhuma lembrança ruim, nada de mal.
Graças a Deus.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Andei vivendo

Andei trocando as pedras no caminho.
Talvez pedras pequenas como pequenas dores, como fome de passarinho.
Andei olhando para dentro das pessoas e sendo avessa às formas diversas
de tentar iludir-me, pondo coroas sobre cabeças que pouco merecem.
Andei calada num dia para pôr ordem na casa-labirinto, em lados opostos distintos de paredes que me filtram, absorvem meus indos e vindos, meus ventos, meus sustentos.
Andei pensando em você e em como você me vê.
Será que sou para você tal como sou ou como relatam?
Andei pensando, andei querendo que você me conheça primeiro e que não acredite num terceiro.
Andei me tocando no tempo para ver se ainda me sinto, se ainda me entendo.
Andei acreditando que nem o tempo, que nenhum outro advento irá mudar meu sentimento.
Andei te olhando no fundo... um lado que não se vê sem olhar profundo.
Andei recordando o não vivido, o repartido por ser comum a toda alma.
Falarei das coisas que andei sentindo, se andei sorrindo, se me vi partindo.
Falarei do amar e do amor, do mar e do sabor de andar pelo pensamento,
pelo mundo e por dentro.


Ano: Mil novecentos e lá vai caquinhos...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Querer


Queria dizer aquilo que se diz quando se ama, mas não tem graça dizer ao nada ou dizer ao vento para se sentir humano, do tipo que ama.
Queria dizer outras coisas que não se tem audácia de dizer, mas sem ser vulgar, sem ser dura, deselegante.
Essa vida de querer quereres é exaustiva, enfadonha feito fronha chorada durante a noite da decepção ou de alguma outra dor.
A dor pode ter tantos nomes, mas a essência dela é a mesma: marca.
Depois, se a gente quiser, ainda crescemos e aprendemos através dela.
Outra vez o querer...
“se a gente quiser”...
podemos, se a gente quiser, achar alguma graça nos infortúnios da vida e nos divertirmos com eles, crescendo feito gente grande, olhando em direção a algo novo que esteja querendo nascer.
“Querendo”...
Outra vez esse querer!
Querer que nos movimenta e nutre e não renuncia nem ao débil poder de conquistar tudo até que se alcance todo o bem querer.

01/11/06

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Olhar pra frente e viver

Um dia a gente aprende que quando pensa que não conseguirá viver sem algo ou alguém, de repente se dá conta de que consegue bem mais do que imaginava, que é sacudir a poeira, olhar pra frente, superar e enfim viver.

domingo, 6 de abril de 2008

Bendizer a quem tu amas

Bendita criação de Deus!
Decididamente linda forma humana!
Bendita a criação com tantas essências e perfumes durante tua criação derramados!
Bendita criação com riqueza de gestos, que iniciou uma jornada na Terra e que em suas mãos foi entregue a liberdade.
Bendita criação que sorri e faz sorrirem!
Que faz a gente se identificar no que diz não apenas a voz, como também a alma, em interpretações sobre a vida, conscientes dos sentimentos inseridos em cada palavra!
Certamente pessoas puderam contar contigo e assim lhe ofereceram o próprio coração!
E te sonham, e insistem a te colocar nas próprias fantasias como protagonista, transformando-te em parte da vida delas.
Bela criação que trilha caminhos pela liberdade que lhe foi concedida,
que faz escolhas e é observada de lá de cima por Deus.
Criação que pode decidir toda manhã como quer que seja seu dia;
que pode driblar as artimanhas e percalços da vida, começando a decidir o que afetará ou não seu estado de espírito...
Criação divina que pode vencer a ação do que se opõe à sua alegria de viver e disposição para o novo...
...porque és um ser positivo, brilhante, abençoado.E assim permanecerás enquanto escolheres toda sorte de cores, e todos os sabores de todo bem que se acercar de ti.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sensualismo e sensibilidade

Aproximar-se da sedução desvia o curso natural das coisas. É vista e revisada a pele do seu corpo e o desejo atinge a coragem de fantasiar e possuir. Visto o pedaço do teu ser material, existe então atração, existe você, única multidão...
o que povoa pensamentos, o que desfaz as cicatrizes de doridos momentos.
E qualquer que seja o movimento, a mente reconhece seu potencial de se entregar, agradar e se agarrar na volúpia. E feito imã, atrito e atração física.
Não mais que remover-se aos aposentos e criar com intuito de um casar-se com três poderes: olhar, seduzir e apaixonar.
Somente o momento, sentimento padrão da hora e pouco sentido...
não mais que jogar e ganhar prêmio que lhe satisfaça num remendo decorado, num vazio recordado depois de uma carência. Vem e ameaça, explode e mata, com ou sem rancor.
Se não enxergar simples sedução ou não deixar-se seduzir, é puro o disfarce, é sério e tentador descobrir e descobrir-se amando, amado, sob roupas e escudos, sob capas e arbustos na transparência com que são vistas e revisadas pessoas com olhos cândidos que enxergam além da pele e da libido.
Ao ser visto o teu ser espiritual, o gosto da conquista de amar a quem precisa, nasce de formas abstratas concedidas a quem percebe o interior de tudo o que é singelo, belo, atraente; e ao final, deseja-se a simples presença bem mais que a concupiscência.


1995

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Marcas


O tempo faz alguma coisa das marcas das pessoas.
As vidas julgam o valor que têm as marcas.
Mesmo assim o tempo faz algo dessas marcas.
O tempo transforma as marcas em pedaços de coisas que parecem tudo, ou as transforma em nada.
As marcas falam e calam.
Nelas às vezes se perdem os sonhos, os humildes perdoam, os antigos aconselham, os bravos persistem e crescem.
O que aconteceu sara, caminhos prosseguem, a lembrança chora, o esquecimento reconstrói um novo pensamento.
Mas as vidas pulsam celebrando a existência do bem, do belo, do aceitável, de tudo que se renova ou contribui para isso.
O amor finalmente chega e vidas se completam, sorriem de novo e criam novas esperanças, pois o amor é um ciclo interminável de emoções.
É o amor que faz as marcas serem superadas, vence o tempo e as distâncias e traz um novo significado para todas as vidas.

01/04/2005