Sobre textos e pensamentos religiosos

Caros leitores e seguidores do meu blog,

Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ao deitar no teu colo


Foi ao deitar no teu colo...
Busquei um afago, um alívio, um consolo que possui a cor de uma carência.
Senti-me estranha, com um ar de mistério, como um profundo mar
que não se ganha.
Sufoquei meu choro mesmo sabendo que ali eu poderia extravasar qualquer sentimento.
Fui além de um momento e secaste as minhas lágrimas por dentro derramadas.
Fui além do colo, das distâncias e sonhos e uma ilusão quase se tornou parte de mim, tão acesa assim, sem receios, sem negar o que sinto,
sem omitir meu riso, tornando-me parte do teu gosto.
Assim será ao deitar no teu colo.


1997

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Pássaro que voa pouco

Gostaria de te dizer algo sobre a vida em minha pouca experiência, pois sou pássaro que voa pouco.
A vida deu a mão a infinidades de coisas, dividiu essas coisas entre a humanidade soprando-as no ar para quem quiser pegar.
Essas coisas podem ser boas ou ruins. Depende de nós alcançarmos o que há de melhor para vivermos.
Apesar dos percalços e marcas que a vida nos deixa, ela nos faz crescer, afasta de nós a insignificância de vivências tolas e sorri para nós. Basta que a enxerguemos por ângulos diversos e aceitáveis, e que nos adaptemos a cada fase que ela nos apresenta.


22/06/2005

domingo, 22 de junho de 2008

Nada demais


Nada de sugestões agora, nada de críticas nem notícias.
Agora a percepção da alma através dos olhos...
Viagem para dentro de si mesmo e que inicia em nós uma festa de euforia.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Eu disse

Já havia dito que não sei descrever um sentimento como se deve.
E sentimento se descreve?
Mas o que sei é rabiscar pequenas gotas de paixão pela vida e pelo que une um alguém a outro sem que percebam no primeiro instante.
Que importa se estou ou não ao seu lado agora? Se estou ou não em seu pensamento?
Não sei se você já viu os laços azuis da afinidade...
São eles que unem, cruzam histórias, sentimentos, vivências e valores verídicos e semelhantes. E surgem outros laços coloridos...
Laços criados por pessoas que unem seus caminhos, carinhos e destinos.
Elas se preocupam com escolhas que são feitas, com os medos infantis ou não que surgem, com a insegurança.
Essas pessoas são como aqueles amantes do amor não mascarado. Amantes do amor que não anseia o corpo nem ao que o tempo pode destruir nem ao que o mundo engrandece, e que não joga o jogo “interesses”.
Essas pessoas são amantes do que és, amantes de uma alma iluminada, amantes do valor humano.
Eu sou aquela que iniciou uma verdade, que tenta descrever sentimentos como se fosse possível abrir o peito e colher o que dentro de nós existe em forma de flores perfumadas.
Sou aquela que se importa se o teu sorriso vem do teu lado insondável, porque esse sorriso é o verdadeiro.
Sou a que deseja a felicidade constante daqueles que nunca a experimentaram. Eu falo daquela felicidade consciente, que parte da aceitação daquilo que somos e daquilo que temos.


06/03/2005

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Amizade

As pessoas não são e nem precisam ser como nós queremos, mas freqüentemente caímos no erro de idealizá-las.
Idealizamos pessoas, coisas, amigos...
Cada um tem o seu conceito individual de amizade, mas ela é algo que possui apenas um significado e é tão séria, sobretudo porque nela o amor se encontra inserido.
Pensei no meu particular sentido de amizade... mais do que no ser das pessoas e seus individuais conceitos.
Para sermos amigos é necessário estar e ser inteiro, sempre, fazendo-se presente com seu afeto e fazendo o outro se sentir amparado pela amizade.
Se um dia não sentir esse amparo, confessar-me-ei desamparada em tímidas palavras ou simples silêncio, desejando ser percebida. E estarei atenta ao ponto que reclamar, pela indispensável manutenção a qual exige a amizade - um tipo de amor que só conhece quem é puro de coração.



2005/04

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Busca



Uma tristeza condensada no peito revela uma entrega disfarçada de alguém que sonhas ter inteiro.
A ilusão cega faz achar que encontrou razões fundamentais, sentimentos reais.
Procuram o superficial.
Encontras o vazio daqueles que divagam procurando encontrar a moldura a qual pertencem.
Perdem-se e se distraem abstratamente no nada que dentro de si encerram.


20/03/02

domingo, 8 de junho de 2008

Afazeres


O que tem de ser feito se a raridade não se percebe, e quem é raro, finge que não sabe?
O que deve ser feito se a chance é agora e a hora não permite o erro, a dúvida, a dívida?
O que tem para fazer se a casa está desarrumada, as panelas guardadas
e a fome enfileirada?
O que pede o coração? Quem possui a solução?
E o futuro? E tudo?
Deus proverá.


1995

sábado, 7 de junho de 2008

Amar do meu jeito

Ainda é cedo. O dia é inteiro.
Não saia do quarto, não saia da sala, do jardim; não saia da vida.
Saia da ausência do que ainda não vivemos e não se perca de mim.
Não deixe meu sonho vazio, as cores neutras, a música sem acordes, o complexo com nexo.
Ainda é tão cedo, a vida sorri.
Há sempre o que dizer!
Temos a boca, o gesto, o olhar.
Me revelo, mostro o que é amar do meu jeito.
Ocupaste-me todo espaço!


03.03.02

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Daria certo



Abandonar tudo por alguém, não abandonaria. Deixaria o imprestável, abandonaria os abandonados suspiros de vazio e preencheria nossa saudade de qualquer coisa, pretendendo inundar-nos da escolha certa: a vida!
Fugir com alguém, não fugiria. Fugiria para dentro de nós. Fugiria para a criação de um novo mundo. E na junção de um sonho de mundo meu e um mundo de outra mente, formaríamos “o lugar”!
Daria certo.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Canto do quarto fechado


Há uma voz reprimida e seca, um gesto que não encontra saída, uma fala que ficou para trás para ser dita algum dia.
Há uma música que ainda ninguém compôs...
é a música do realizar-se, do completar-se.
Há uma aprendiz do expressar-se na interpretação da canção sorriso.
Meus pés querem me levar para um lugar onde se toma a posse do direito e do poder de ir e vir.
Um coração generoso e uma mente fervilhando idéias de como consolar e confortar alguém ainda pulsa, ainda espera.
Meus olhos ainda esperam ver o tempo que passa depressa passar e deixar uma vida construída e satisfeita, em vez de passar e deixar um vazio que nem um mar de lágrimas preenche.
Há uma dor no canto do quarto fechado que tudo presencia sem dizer palavra e ainda assim espera o tempo determinado chegar.



28/11/06

domingo, 1 de junho de 2008

Do bem ou do mal

Fui ver o que perdi à minha volta e de algumas coisas, bem ou mal nem dei por conta, não me fazem falta.
Outras eu tive sensação de perda estúpida.
São coisas que não retornam, que mudam sem permissão, que boicotam o prazer de sonhar.
Perdi o sono. E quando perdi o sono notei que perdi a calma.
Mal pude esperar pela chegada da noite para recuperá-lo – o sono – todo envolto de sonhos, trazendo brilhos até na noite mais escura e até risos de anjo, como o riso de quem adormece, mesmo sendo atroz.
Porque o que dorme, quando dorme é ou parece inocente, frágil, indefeso, anjo...
do bem ou do mal, adormecido.
E bem ou mal, perde-se também a crença em certos risos de anjo que por fora aparentam verdade, por dentro nos fazem perder o sono, a calma e o próprio riso.



01/11/06