Sobre textos e pensamentos religiosos

Caros leitores e seguidores do meu blog,

Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sobre as vinhas

Vinha eu, apagar da memória um soluço; vinha eu, conhecer este absurdo,
este grito exposto, este gesto rouco de garganta que se encanta com a voz, o paladar.
Vinha eu, sobre as vinhas, desenhar a saudade da viúva, dirigir pelas suas curvas sinuosas insinuar que vinha eu apagar o meu fogo, justificar o meu logro, apagar tuas dúvidas.
Vinha eu, sem memória, chorar no teu ombro; vinha eu, absurdamente, conhecer teu exposto problema, seu gesto que me prenda.
Vinha eu, matinalmente, acordar seu grito de juventude, de crença, de atitude.
Vinha eu, colocar desordem na ordem de dizer que todos chorem, porque existe um sentimento.
Vinha eu, pelas ruas desertas e turvas, recolher as minhas uvas, minhas doces frutas, minhas frases futuras e crer que eu vinha a cada dia plantar minha vida em minha esperança de ser a vinha-videira análoga à tua vida.



1995

Um comentário:

Liliana Seven disse...

“O verdadeiro amor não é aquele que se alimenta de carinho e beijos, mas sim aquele que suporta a renúncia e consegue viver na saudade.”