Sobre textos e pensamentos religiosos

Caros leitores e seguidores do meu blog,

Em relação aos meus pensamentos e textos religiosos, quero que saibam que não estou impondo como verdade absoluta aquilo que sinto e acredito como correto. Cada pessoa tem sua experiência e seu sentimento com Deus.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Meio solidão

Qualquer dia numa noite, e não um dia qualquer, em que as horas eram altas, o silêncio circundava meio cinza, meio branco, longe de ser um real silêncio, me senti só... senti muito... o mesmo que você já sentiu talvez.
É agulha que espeta, que muda de jeito e vira punhal; que sofre, que fura, mexe e incomoda nos fazendo mal.
É o abstrato, o toque sem jeito que fica na pele de uma multidão e deixa dentro da gente, o lado do sim e do não.
Eu queria dizer, olhar na íris, estar perto, mas não é tempo...
há distância e mundos diferentes que não permitem os anéis de um saturno cor de rosa e azul.
É tanta coisa junta provocando a separação! É tanta ilusão, tanto não, tanta direção e uma curva logo ali, denotando perigo, desenhando uma mão; aquela mão que na ilusão são duas mãos que me dão e eu vou segurá-las pensando: são fortes e me levarão.
Que lugar? Qualquer um que exista a beleza do sorriso meigo, desinteressado, que me traga a imagem de um rosto desmascarado como devem ser as palavras.
Que o sim seja mesmo sim e que talvez eu possa mesmo encontrar quem procuro.
Essa alegria que vejo em teu olhar, que seja viva como se corresse em minhas veias. Que eu diga e você me escute, e pedirei o teu abraço, a tua mão.
Não troco, e não se troca vida, o conteúdo do ser, a vontade real...
essa é a minha substância. Eu quero descobrir a tua!
Então, dê-me uma pequena fresta, o sentimento de quem acabou de conhecer alguém que se pode pensar: aqui nascerão afinidades.
Não pedirei muito de ti... não se entregue agora porque ainda não me entreguei.
Escolha momentos, crie aventuras, enredos, rimas, silêncios, presente e futuro. Visite meu coração, atenda a porta do teu que lá estou batendo.
Me cumprimente, converse, experimente e prove quem és.
Eu gosto... goste também se fizer parte de você.
Eu digo que gosto do momento do descobrimento do eu, do tu. É quando eu posso finalmente dizer que existe em você algo semelhante a mim.
Agora sim, me entrego. Te entregas também?
Se sim, provaste então que no seu coração estou, assim como no meu tu estás.
Conheceste a alma, o íntimo de quem ama com o conteúdo que possui.
Provei e provaste; provarei e provarás que podemos ser mais...
além de cúmplices, amigos.



28/12/2002

Um comentário:

Liliana Seven disse...

“Almas que se identificam não precisam ser iguais, mas se ajudam e se influenciam.
Precisam uma da outra, como se não pudessem viver separadas.
Se amam com urgência, com necessidade, com medo e com alegria!“
Eu amo você com a alma, pois ela te reconheceu!